sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Europa

Atrasos no consulado. Voo remarcado. Atrasos na chegada. Aeroporto. Um pequeno filho da puta, de uns 10 anos, me chamando de filho da puta no check-in. Salvador-Lisboa. Oito horas em Lisboa. Renite. Dormir no chão gelado. Madrid. 
Aqui estou, depois de 13 dias na capital espanhola, voltando ao meu velho novo blog. Pra quem não sabe, acabei em terras europeias por conta de um intercâmbio estudantil. Mas antes de falar sobre a minha nova vida, começo com a lembrança de um dos sacrifícios que fiz e com um dos sentimentos que levamos quando saímos de nossa terra natal: a saudade.

A. Palma

Apelidou-a de boneca, por seus traços finos e seu rosto de menina. Divirto-me com suas intenções em relação ao seu amor inventado. Acho que o criou para se distrair nos momentos de tédio. O incrível é que ele consegue parecer realmente interessado em fazer algo. "Se eu chegar amanhã com um anel e pedi-la em casamento ela vai aceitar?" Essas e outras são suas melhores intenções com seu amor platônico, se é que chega a ser platônico.
É um cara legal, com cara de nerd, é verdade. Mas os nerds militares também têm seu valor, não é verdade? Estou brincando, é claro, mas seus óculos Wilson, da mesma marca que os meus, o colocam no estereótipo de nerd, e, além de tudo: inteligente. Neste aspecto, os óculos não mentem, ele é muito inteligente, não é à toa que vai embora agora. Uma das notícias que me deixaram sem reação este ano. A sua partida. Foram pouco mais de três meses de convivência, mas guardo um carinho enorme. Vou sentir falta. Uma falta enorme.
Foi Santana que me ensinou a tomar café preto. Eu continuo não gostando de café preto, mas adoro o expresso da maquininha. E virou um hábito, todas as tardes, a hora do café. Entre as 17h e as 17h30, a conversa surge no spark: "bora tomar café?" ou simplesmente: "café?". Triste é quando estamos ocupados e o café vai sendo adiado e algumas vezes não acontece. Mas foi com Egi que aprendi a dinâmica da maquininha. Todo o seu funcionamento e o significado de cada desenho dela. Onde por os grãos, quando falta água e quando eliminar as bolotas de pó.
Ele me ensinou, também, (e ainda tenta, na verdade) a usar as vírgulas. Eu coloco sempre no lugar errado e isso é péssimo. Ele lê meus textos na maior boa vontade, mesmo que ainda tenha muitas coisas a fazer.
Além de um ótimo futuro jornalista, é um bom amigo. Conselheiro, ainda que para poucos (tenho sorte). Me ouviu nos piores momentos e ainda me mostrou uma luz. Obrigada, meu caro. Muito obrigada. Acho que nada que eu faça será capaz de retribuir da mesma maneira.
Vou sentir saudade, viu? Muita. Das músicas, então, seu ipod que tem de tudo um pouco e é uma fonte de inspiração em qualquer deadline.
O que eu desejo a ele (você) é que corra tudo bem e que aproveite muito essa grande oportunidade que vai mudar seu rumo, com certeza. E não esqueça de voltar, hein? Estarei esperando (eu e maquininha) para um café. Os bubaloos também te esperam, volte! ;*
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Por enquanto é isso. Aos amores que deixei, o meu eterno carinho. Como diz um velho e sumido amigo: o mundo é uma bola. Aos amores que aparecerão, sejam bem vindos (as). Quero mais de mim aqui. Terá mais de mim aqui.

Volto em breve com um pouco sobre esta nova vida neste mundo completamente novo.

Gracias y hasta luego.

3 comentários:

Mari Bastos disse...

o jeito é tomar um café através da Web... ainda bem q já estava acostumada a matar minhas saudades através do msn... Sucesso ai!

Anônimo disse...

quanto falatório... CADÊ AS FOTOS?

eu, a princesa.

André Cerqueira disse...

Curti muito!