sexta-feira, 19 de novembro de 2010


O estar só

É interessante. No começo é difícil, e por vezes você se flagra confuso com a mistura de sensações que passam, muitas indefiníveis, indecifráveis, sempre acompanhadas da ansiedade pelo novo, do desconhecido. 
Outras vezes é desesperador. Você perde um pouco da noção do que fazer quando se está sozinho, as músicas já se repetem, os filmes não tem mais graça e os livros, com o tempo e ritmo dos livros, não acompanham o seu ritmo, a essa altura já regado de uma ansiedade ainda maior, sufocante.
Até que que você começa a gostar. Não em prol à solidão. Cada vez mais eu tenho certeza da importância do estar entre outros, mas, você passa a se ouvir mais, melhor, a entender seus tempos de ansiedade, de solidão, seu tempo. E talvez more aqui um dos meus melhores acréscimos nesta empreitada... o ouvir.

***
Foto feita embaixo do Arco do Triunfo, em Paris.

2 comentários:

Mari disse...

NOssa... pronfundo... linda a ft, mais vazia. Intenso o texto, mais solitário... fica bem por ai ta..
bjux

Daiana disse...

Eu gosto de estar sozinha, embora isso só ressalte a minha dita tendência antissocial. É quando me sinto mais a vontade, posso dizer 100% do que penso sem medo do politicamente correto, é o mais sincero que posso ser. É bom!

Estava observando que antes quando lia os textos aqui no blog ficava tentando vê-lo, encontrá-lo. Hoje é diferente... só diferente.